lunes, 28 de septiembre de 2009

A dor da seca

A dor da seca

Saio cedo com a esperança, nem sei bem pra onde ir
Sinto o seco do chão, e o silencio ruidoso do sertão
Já não são meus pés que andam, já flutuo sem sentir
Passa o tempo em vão, do calor brota minha alucinação

A seca quer vencer meu corpo fraco quer seguir
As aguas enchem meus olhos de sede e ilusão
Ai quanta dor aqui dentro, sem forças pra sorrir
Essa dor que é da fome, não é dor do coração

A vida não tem mistérios, quando na mesa tem pão
Na minha casa sobra amor, falta o que eche a barriga
Pranto, agua que me falta, choro a perda do meu varão
Pra salvar a minha prole, saio em busca de comida
Peço a Deus o alimento, onde a seca come o chão